Dinamismo Cultural no Rio de Janeiro Setecentista: A Arte de Mestre Valentim

No Rio setecentista encontravam-se firmadas uma estrutura social complexa e uma tradição cultural própria e significativa, expressas no espaço urbano e no modo de viver em sociedade. Este trabalho propõe apresentar alguns fatores do dinamismo cultural no momento em que a cidade do Rio de Janeiro se torna capital do Brasil colônia no ano de 1763. Por sua vez, foram destacados a personagem e o legado de mestre Valentim como elementos de expressão e representatividade de uma nova estética cultural e social. Foram utilizados documentos do século XIX como fontes de interpretação para os acontecimentos daquele momento, além de fontes iconográficas e construções arquitetônicas originárias do período colonial. Ao longo desta pesquisa foi observado que uma outra imagem do Rio de Janeiro colonial foi formada. Na segunda metade do século XVIII, o sistema colonial estava em crise e a demanda por uma nova cultura política se fazia necessária, para tanto, um novo modo de pensar, uma nova cultura, e novos tipos de sociabilidade começaram integrar e a fazer parte da vivência dos habitantes da cidade carioca.

Lia Sipaúba P. Brusadin é Bacharel e Licenciada em História pela Universidade Estadual Paulista (UNESP). Técnica em Conservação e Restauro pela Fundação de Arte de Ouro Preto (FAOP). Especialista em Cultura e Arte Barroca pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Mestre e Doutoranda em Artes pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).